segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Compus me de erros, sentenciei-me num compasso fugaz e agora materializo as companhias nestas sílabas. Fui inerte em cada abordagem e agora peco por ser inapto na exposição verbal dos sentimentos mais viscerais! Insaciáveis! E a determinação de todos eles assumirem uma matriz de, na visão mais respeitável, imperdoável....consome-me morosamente. Em porções carnais minhas que desgastam numa velocidade de decomposição desértica. E todos eles passam a mirar-me assim, todos eles passam a dirigir-me à ameaça de seus palpitantes nervos... E a distinguir-me como a esterilidade social e estética.... E a sucumbir-me nas limitações de um quarto físico que me asfixia as ambições emocionais....e outro subconsciente que é intolerante à minha imagem. Mas eu amo-te...
Debaixo de um rótulo de neurótico me contraio e sobrevivo, na amplitude inóspita de um comportamento humano, eu é que sou o genocídio e a esquizofrenia, eu é que sou o colapso e a crónica insanidade nos outros que me vão desaprovando....em cada golpe de desprezo. Sucessivas corrosões gestuais que me faqueiam...sem resposta....pois eu é que sou o sociopata, o alienígena da vida e dos costumes. Eclipsar? Pelos olhos, pelas mãos, pela pele....na instância pactuante na desgraça, na solidão em que o analgésico da lágrima seca evolui para a forca, a única que sabes que jamais te largará...e será protagonista quando um abraço apertado te faltar. Como é que, no subtexto que tento suprimir destas balbuciações de um despojo, eu mesmo assim nunca cesse de designar o amor?

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

«já te contei a história do amor da vida do meu tio?
uau...é tão mais desolador olhar as tuas fotos pelo computador..testemunhar noutras mais reais proporções, o que perdi.....
tu estás inacreditavelmente bela ***.....faço uso do termo, incomparável.
e admiro, a construção moral e intelectual que tens vindo a sentenciar....
és honesto orgulho, eu amo-te, e se equações da vida me congratularem....por um lapso milagre bíblico....eu sei que casar-me-ei contigo, a crónica dona que algemou o meu coração....para sempre dela.»
Fim da conversa de chat

quinta-feira, 30 de julho de 2015

É paradigmática a sensação de vitória burguesa e nefasta sem que testemunhe a queda dos meus afins complementos. É ruidoso e perturbante cada porção de pele que visto. É sensacional o cuidado desproporcional que tenho de guardar em silêncio tumultuoso a orgânica companhia do desespero, e do nervo exangue. Serão invariavelmente os psiquiatras mais vis que me autopsiarão o pequeno-almoço... Tornei-me membro, mal ingloriosamente nasci, das tecnologias sofisticadas, embora domésticas, em que me difundo na atroz facilidade do ser nenhúres, do tocar-me...e assimilar nenhúres. Jamais as ordens metafísicas deveriam permitir a manifestação de olhos em minha face, de uma boca abaixo da área nasal: sou detrítico, mutante, e era dever providencial do sindicato terrestre zelar para que todos evidenciassem isso...debaixo desta foliante máscara desinteressam-se, e a escultura pela lei da faca é dolorosamente transtornante. Precisamente, encerro me com o culto a mais uma heresia de valores.... A dor, ardor, tumor, revólver, pavor. 
A latejar evoco, nas reminiscências do meu estrado exasperante, o engenho da ação. Nunca detive aptidão para agir, amar sem ofuscar o outro pelo motim de meus egos perdidos....infausto, diga-se, bloqueei sempre a bonança que transbordava dos outros filantropos- parecia me perfeita ilegalidade aceitá-las. Como suspender esta auto-mutilação a que já o colchão me reduz? Serei vítima perpétua de uma congregação de mortos filósofos que me condenará sempre pelo contorno que a miragem e a chama tecem? Ou sou mesmo produto de uma estirpe doente que manipula para obter atenção? Porque eu amo-te....eu amo-te....eu amo-te tanto e nunca soube agir. Por meios de ininterrupto pranto me asfixio na solidão dos doentes. Mas deténs-me, peculiarmente triunfante... Corrijam-me, apeguem-me e renasçam-me debaixo de traços mais fraternos.... Desculpem. Passarei a estilhaços daqui a instantes.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Fitei espaços encurtados por todas as horas de pesada penumbra. Era imperial, era regente, sobre estratos me ia virilmente suterrando.... E eu encriptando o pranto para que o estigma dos outros pendesse o meu, sempre na hora da pesada penumbra, sempre nas miragens e nos fotões ardentes. Acusticamente, trago algum floreado que se encontra no sossego deles, esteticamente, por igual....mas fulminante cedo, as narrativas não trazem nada e a voz começa a latejar a compassos abruptos.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

3. Reivindico, numa modéstia clara de poesia moribunda, uma auditoria, uma revisão e fiscalização sobre os valores da litosfera! Despropositada a entoação exclamativa e um quanto arrogante, mas se não for na submissão e alquimia desta página, terei que ladear o meu foco de conflito sobre todas as singularidades apagadas, tentando não ceder sobre a efervescente servidão às conveniências.
                                          Aqui presumo um equilíbrio, e não seria do mais apetecível testemunhar....
                                  Vamo-nos apagando, disseste?