quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Rutura, espamos e urticária,
Como ranges os dentes na telepatia do pesadelo?
Nas gengivas da boca, no céu da boca,
Arde! Ordem! Espírito insano no meio destas luzes!
Das mesmas chagas,
Com que rasgo o sarampo da Criação divina dos Deuses!
O teu Deus! O Deus que desfila nos relvados da mente salubre!
O Deus jumento! O encargo da injustiça carnal...
Num reflexo intelectual dos espelhos exangues do meu sangue...
Corrompe a artéria solar, a urna do homem lunático,
A palma rígida e a vasectomia...
A Bolacha Maria!
O corte viral, o escorbuto real, o corpo estelar
Na isolação de todos os céus! De toda a dinastia poética!
Dilaceram-se todas as bibliotecas:
Todo o brio,
Neste frio,
Neste copo de vinho,
Entre o resvalo do epidídimo, a impugnação deste verso.
O epidídimo! Todos eles! Este especialmente...
O superlativo da massa da longevidade;
Nego! Renego! Objeção ao sindicato literário!
Injúúúúúúria!
Baah, rejo-me ao mercado da vergonha,
À métrica inaudita das searas mais débeis,
Ao espaço da melodia negra
E à absolvição de todos os mares...
Com os ossos expostos na travessa
E as memórias presas ao meu sadismo,
Dedico o meu corpo aos poetas mortos:
Defuntos da asfixia-
Defuntos da poesia.



Barmaid speaks while it flags, Santarém 82.


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