segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Sopro para separar as areias dos meus restos,
crepitar de mentes menores, crepitar na aridez.
Consinto todos os mármores que me apegam pelo braço
e apagam a luz,
e ressoam no socalco da febre.
Desvio, não ressalvo nada destes lugares-
ao invés disso, respiro.
Reinvento a grafite que gasto quando opto por escrever as pessoas- é que sou pouco para tanta gente, e tanta página ainda. Oriento-me no sentido mais rápido de lhes atingir a alma, colecioná-las, mas a diretriz do meu eixo, deste meu osso intransigente, concebido o foi somente para a carne do meu corpo, para o tentáculo da imundice, para a pútrida secreção de pele... Sou pouco para tanta gente, e a minha visão turva reencarna a demência púrpura, porque a solidão não se dá com as cores primárias.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

quero ter o meu reino na estante
e o braço a latejar
de escrever o teu peito.
É incómodo, é frigidamente agonizante quando opto por escolher este vazio. Também o é de uma maneira tão transpirante quando não encontro a sinonímia.
Agora estala-me a fraqueza no ouvido, agora não acredito no meu reflexo.
Rutura, espamos e urticária,
Como ranges os dentes na telepatia do pesadelo?
Nas gengivas da boca, no céu da boca,
Arde! Ordem! Espírito insano no meio destas luzes!
Das mesmas chagas,
Com que rasgo o sarampo da Criação divina dos Deuses!
O teu Deus! O Deus que desfila nos relvados da mente salubre!
O Deus jumento! O encargo da injustiça carnal...
Num reflexo intelectual dos espelhos exangues do meu sangue...
Corrompe a artéria solar, a urna do homem lunático,
A palma rígida e a vasectomia...
A Bolacha Maria!
O corte viral, o escorbuto real, o corpo estelar
Na isolação de todos os céus! De toda a dinastia poética!
Dilaceram-se todas as bibliotecas:
Todo o brio,
Neste frio,
Neste copo de vinho,
Entre o resvalo do epidídimo, a impugnação deste verso.
O epidídimo! Todos eles! Este especialmente...
O superlativo da massa da longevidade;
Nego! Renego! Objeção ao sindicato literário!
Injúúúúúúria!
Baah, rejo-me ao mercado da vergonha,
À métrica inaudita das searas mais débeis,
Ao espaço da melodia negra
E à absolvição de todos os mares...
Com os ossos expostos na travessa
E as memórias presas ao meu sadismo,
Dedico o meu corpo aos poetas mortos:
Defuntos da asfixia-
Defuntos da poesia.



Barmaid speaks while it flags, Santarém 82.


Criadores de um subsolo estéril, anedota para qualquer das consciências possíveis! E jamais esqueçamos a leveza da sua sanidade exclusivamente dependente- tornámo-nos mais uma piada numa dessas estatísticas de terceira importância.

A queixa do jovem da esplanada das sete...
Os antagonismos do homem não passam de tertúlias de uma mente recreativa.
E os intervalos atrozes desta são o apogeu de um brilhantismo de mudança. Nós somos na inatividade.
Anoitece em Viana, e eu vou anoitecendo com ela...