sexta-feira, 13 de julho de 2012
Congelou, tornou-se homem-estátua por fim, esqueceu o ópio de que foste a euforia, o cigarro que o pensava, toda a corrente que o fazia calor, paixão, emoção por ti, tão só por tua identidade de cores e espetros, arcos de luz, sinédoques e eufemismos, sangue do teu que bombeava a recordação de teu rosto, e já doutro jeito não se remediava, evocava o teu corpo. Mas como foi que do desespero se sentou, mandou um grito e se apeou, cerrou os dentes e aceitou, como foi que passou o enjoo, a náusea e a insónia que foi o teu primeiro nome, tombou e as forças que já se julgavam perdidas fizeram-se amigas, e nesta circunstância de aperto e de alívio, rasgou o Inverno em que não exististe.
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