segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Nada nega o legitimar do teu fim, será somente uma birra do corpo...
Penso que perdi o véu à minha moeda e ornamento, de quem carregava no antebraço os disparos e a represália...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O orvalho, em seu púlpito, (também tem o seu direito), questionou a inquietude do galho que lhe obliquava o panorama. O chão respondeu em areias de neve, indignou-se, pregou o orvalho em seu canto; este, desertou dos pensamentos.
O poeta não merece nada;
     o poeta não merece nada. Não merece um pedestal nem um lenço de prata. Não merece uma sopa, nem uma pedra com que escreva. Não merece um sino que toque em seu nome. Não merece sequer um nome. Não merece nem chinelo, nem vassoura. Não merece Inverno, apenas mucosidade do Verão. Não merece qualquer escolta por parte da solidão....
               ...merece um amor, que venha por certo, mas que seja do mais efémero, do mais meticulosamente filtrado, pois poeta que ama não escreve, e a pedra nunca lhe foi dada.

        O poeta não merece nada.